Mestre Zeca Floriano vertente da Capoeira Carioca dec de 20 a 40
A temática do Professor Elton Silva, que sabiamente, explana sobre os caminhos da Capoeira Desportiva e seus principais atores e construtores, através dos tempos, nos mostra ,quanto vale apena ,adquirir os livros da coleção Muito antes do MMA . O primeiro Presidente, a ter conhecimento oficial da capoeira como luta metodizada, através do Mestre de capoeira Zeca Floriano ,filho do Presidente da República Marechal Floriano Peixoto ,foi o presidente Washignton Luis , em 1929 como comprova o Jornal Vida Carioca em 01/02/1929.Portanto, não foi o saudoso Mestre Bimba ,o primeiro Mestre de Capoeira, a levar para o Governo federal ,o conhecimento da Prática da capoeira em recintos fechados ,ou seja ,a Presidência da República ,a capoeira,como luta de ataque e defesa e ginástica nacional.
𝗠𝗲𝘀𝘁𝗿𝗶𝘀𝘀𝗶𝗺𝗼 𝗣𝗮𝘂𝗹𝗮̃𝗼 𝗠𝘂𝘇𝗲𝗻𝘇𝗮 .
𝗖𝗼𝗻𝗳𝗲𝗱𝗲𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗕𝗿𝗮𝘀𝗶𝗹𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝗣𝘂𝗴𝗶𝗹𝗶𝘀𝗺𝗼 - 𝗥𝗚 𝟯𝟭 𝗗𝗲𝗽𝗮𝗿𝘁𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗘𝘀𝗽𝗲𝗰𝗶𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗖𝗮𝗽𝗼𝗲𝗶𝗿𝗮 / 𝟭𝟵𝟳𝟯.
Durante minha primeira participação no Conect Cast, afirmei que a Capoeira baiana, tal como era praticada antes da sistematização proposta por Mestre Bimba (já fortemente influenciada pelo modelo esportivo carioca), muitas vezes se apresentava como uma espécie de “brincadeira”. Esse termo, vale lembrar, era amplamente utilizado por cronistas, folcloristas e estudiosos para descrever a prática em diversos contextos. No entanto, minha colocação gerou críticas severas por parte de alguns tradicionalistas, mestres e praticantes, especialmente vinculados à vertente da Capoeira Angola. Fui até mesmo xingado por defender esse ponto de vista. O curioso é que essa leitura está longe de ser inédita. Já nas décadas de 1930 e 1940, folcloristas como Edison Carneiro e Renato Almeida registravam, de forma clara, percepções semelhantes sobre a Capoeira. Em suas análises, destacavam as múltiplas formas regionais da prática e chamavam atenção para o processo em curso de construção da ideia de uma Capoeira “pura” e “tradicional”, frequentemente identificada com a Bahia. Para esses estudiosos, a Capoeira possuía múltiplas formas e interpretações, muitas delas marcadas por um forte componente lúdico, performático e festivo, traços que contrastavam com o modelo esportivo e combativo que ganhava espaço no Rio de Janeiro no início do século XX, especialmente por meio da escola de Mestre Sinhozinho e de seus contemporâneos, como Zuma, Zeca Floriano, Jayme Ferreira e o professor Mário Aleixo. Enquanto no Rio a Capoeira se alinhava a métodos de preparação física e combate real, na Bahia ela se mantinha, em muitos aspectos, como uma prática de exibição, ritual e jogo simbólico, o que não diminui sua complexidade, mas a insere em um outro modelo cultural. Edison Carneiro descreve a Capoeira baiana como uma prática essencialmente lúdica, coletiva e performática, uma “brincadeira” mais do que uma luta. Em suas observações, os “capoeiras” da Bahia “se divertem fingindo lutar”, o que demonstra um jogo mais marcado pela teatralidade e pela convivência do que pela violência.
Essa forma de Capoeira se contrapõe àquela praticada no Rio de Janeiro, onde a luta aparece como instrumento de autodefesa e sobrevivência em meio à violência urbana herdada do século XIX. Renato Almeida reforça essa visão ao afirmar que a Capoeira cultivada na Bahia possui “interesse particular”. Ele dizia que fora da Bahia, seus passos serviriam apenas para lutas corporais, desprovidos do valor simbólico, folclórico e cultural que estavam enraizados no contexto baiano. Assim, reconhecer esse modelo lúdico da Capoeira não significa negá-la como luta, mas sim compreender a complexidade de sua trajetória histórica, feita de equívocos, reinterpretações e disputas simbólicas que atravessaram o tempo.
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𝗣𝗿𝗼𝗳𝗲𝘀𝘀𝗼𝗿 𝗘𝗹𝘁𝗼𝗻 𝗦𝗶𝗹𝘃𝗮 .
𝗘𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗼𝗿 𝗲 𝗣𝗲𝘀𝗾𝘂𝗶𝘀𝗮𝗱𝗼𝗿.
𝙈𝙚𝙨𝙩𝙧𝙚 𝘿𝙧 𝙝𝙘 𝙑𝙞𝙘𝙩𝙤𝙧 𝙋𝙚𝙥𝙚
𝙀𝙢𝙗𝙖𝙞𝙭𝙖𝙙𝙤𝙧 𝙄𝙢𝙤𝙧𝙩𝙖𝙡 𝙙𝙖 𝙋𝙖𝙯
𝘿𝙚𝙡𝙚𝙜𝙖𝙙𝙤 𝘾𝙪𝙡𝙩𝙪𝙧𝙖𝙡 𝙙𝙖 𝙊𝙈𝘿𝘿𝙃
𝘾𝙖𝙙𝙚𝙞𝙧𝙖 𝙞𝙣𝙩𝙚𝙧𝙣𝙖𝙘𝙞𝙤𝙣𝙖𝙡 𝙉 𝟵𝟮
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