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terça-feira, 23 de novembro de 2021

PARABÉNS MESTRE BIMBA PELOS SEUS 122 ANOS DE NASCIMENTO

 Mestre Bimba nasceu em Salvador em 23 de novembro 1899 ou 1900. E morreu  no dia 05 fevereiro de 1974 em Goiânia Go.Trabalhou como minerador de carvão antes de criar a capoeira regional.

Ao perceber que a capoeira estava perdendo seu valor cultural e enfraquecendo enquanto luta, Mestre Bimba misturou elementos da Capoeira Tradicional com o batuque e criou a partir de 1918 a capoeira Regional baiana.

http://mestrebicheiro.blogspot.com/2021/?m=0




quinta-feira, 18 de novembro de 2021

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Conheça a história dos Irmãos Rebouças, os primeiros engenheiros negros do Brasil


 Conheça a história dos Irmãos Rebouças, os primeiros engenheiros negros do Brasil

PUBLICADO POR THAMIRIS TREIGHER EM [28/01/2020] CRIADO [14/08/2018]

Antonio Rebouças e André Rebouças. (Imagem: Gazeta do Povo)

Sem tempo para ler? Clique no play para ouvir sobre os Irmãos Rebouças!

Se hoje a cidade de Curitiba é a capital do estado do Paraná, tal fato se deve ao empenho e à perseverança de dois irmãos nascidos na Bahia, ambos engenheiros: Antonio e André Rebouças.

Os irmãos são considerados os primeiros afrodescendentes brasileiros a cursar uma universidade e os dois maiores engenheiros do Brasil no século XIX. O caminho profissional traçado por eles parece ter vindo de uma inspiração familiar. O pai deles, Antonio Pereira Rebouças, era filho de uma escrava alforriada e de um alfaiate português e foi um dos poucos advogados negros a ocupar um cargo relevante no período do Brasil Imperial. Atuou também como conselheiro de Dom Pedro II.

Em razão do fato de serem negros, eles sempre enfrentaram percalços de natureza burocrática ou preconceituosa. 

Obras

Após concluírem a trajetória acadêmica na Europa, os irmãos se especializaram na construção de estradas. Ao desembarcar no Paraná, assumiram parte da responsabilidade de transformar uma província ainda em construção. Em 1864, uma década depois da Emancipação de São Paulo, iniciaram sua trajetória na região. O chafariz na Praça Zacarias, em Curitiba, a Estrada da Graciosa, a Ferrovia Paranaguá-Curitiba (considerada a maior obra da engenharia férrea nacional) e o Parque Nacional do Iguaçu são alguns dos legados dos engenheiros.

O jornalista e pesquisador Jorge Narozniak, no livro Histórias do Paraná (2010), escreveu que a primeira missão dos Rebouças foi comandar a construção da Estrada da Graciosa, que desde 1854 estava sendo idealizada para ligar o planalto ao Litoral Paranaense. Em 1864, Antônio foi nomeado engenheiro-chefe da Estrada e formulou o projeto do empreendimento.

A construção da estação ferroviária em Curitiba alavancou o desenvolvimento da cidade, que, até meados dos anos 80 do século XIX, não ia muito além da Rua Marechal Deodoro, então conhecida como Rua do Imperador. A nova estação, que teve a localização sugerida pela Câmara de Vereadores, fez surgir a Rua da Liberdade, posteriormente batizada como Barão do Rio Branco, cuja importância econômica só rivalizava com a Rua do Mato Grosso, atual Comendador Araújo.

A presença de dois prédios públicos na Rua da Liberdade (Palácio da Liberdade, sede do executivo estadual, e Palácio do Congresso, sede do Legislativo) emprestou à rua uma importância que se consolidaria com a inauguração, em 1912, do prédio do Paço na Praça Municipal (hoje Generoso Marques).

A região localizada atrás da Estação Ferroviária ganhou contornos industriais com a instalação de fábricas diversas. A presença de extensas vias ligando esta região à parte sul da cidade fez com que ela também ganhasse importância estratégica.

Rio de Janeiro

André realizou no Rio de Janeiro várias obras que lhe conferiram projeção como engenheiro civil, a exemplo do plano de abastecimento de água para a cidade, durante a seca de 1870, a construção das docas da Alfândega e das docas D. Pedro II. Permaneceu nessa atividade de 1866 até novembro de 1871, quando inesperadamente se demitiu.

Após a morte do irmão Antônio em 1874, muito abalado, resolveu tomar parte de sociedades empenhadas na luta contra o trabalho escravo no país. Engajado na campanha abolicionista, ao lado de Machado de Assis e Olavo Bilac, foi um dos representantes da classe média brasileira com ascendência africana e uma das vozes mais importantes em prol da abolição.

Participou da fundação de algumas dessas sociedades, tais como a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e a Sociedade Abolicionista, criadas juntamente com seus alunos da Escola politécnica. No ano de 1883, após viagem aos Estados Unidos e Europa retorna resolvido a dar continuidade às campanhas contra a escravidão no Brasil, já animadas pelas manifestações de rua e pelos debates parlamentares.

A abolição assinada pela Princesa Isabel acirrou os ânimos dos grandes proprietários de terras, culminando com o movimento militar de 15 de novembro de 1889 e a proclamação da República. Fiel ao Imperador D. Pedro II e ao regime monárquico, André embarcou juntamente com a família imperial no paquete Alagoas com destino ao exílio na Europa.

Inicialmente, André permaneceu em Lisboa, com intensa atividade como jornalista correspondente do “The Times” de Londres. Porém logo transferiu-se para Cannes, na França, onde ficou até a morte de D. Pedro II.

Financeiramente arruinado, aceitou emprego em Luanda, na África, por pouco tempo, mudando-se posteriormente para Funchal, na Ilha da Madeira, em meados de 1893. André jamais retornaria à Europa ou à sua terra natal. Seu precário estado de saúde e intenso abatimento pelo exílio cercou de mistério sua morte, aos 60 anos.

Você sabia?

- O Túnel Rebouças, no Rio de Janeiro, leva este nome em homenagem aos irmãos. Próximo à entrada do local, na Praça José Mariano Filho, foram construídos bustos para lembrar a contribuição dos Rebouças.

 - A administração pública de Curitiba homenageou os irmãos Rebouças batizando não só uma das ruas dessa região com o nome de Engenheiros Rebouças, mas toda a região. Hoje, o bairro Rebouças é uma das localidades mais valorizadas de Curitiba e sua importância histórica é inegável para o entendimento da dinâmica da cidade.

- Cada passo para a consolidação de Curitiba apresentou seu grau de dificuldade, mas iniciativas de engenheiros como os irmãos Rebouças foram imprescindíveis. O nome dos Rebouças sintetiza o espírito empreendedor e ousado.

- Em São Paulo existe a Av. Engenheiros Rebouças.

Fontes:

Especial Consciência Negra – Irmãos Rebouças, publicado pela Universidade Corporativa do Transporte (UCT).

Saga dos Engenheiros Rebouças, publicado por Marcos Nogueira.

Irmãos Rebouças: os incríveis primeiros engenheiros negros do Brasil, publicado por Sam Shiraishi.

Irmãos Rebouças: os engenheiros que fizeram história em Curitiba, publicado pela Câmara Municipal de Curitiba.

O Paraná segundo os Rebouças, 

Conheça a história dos Irmãos Rebouças, os primeiros 

Uso do BIM será obrigatório a partir de 2021 nos projetos 

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 Para mais detalhes,  lhe conferiram projeção como engenheiro civil, a exemplo do plano de abastecimento de água para a cidade, durante a seca de 1870, a construção das docas da Alfândega e das docas D. Pedro II. Permaneceu nessa atividade de 1866 até novembro de 1871, quando inesperadamente se demitiu.

Após a morte do irmão Antônio em 1874, muito abalado, resolveu tomar parte de sociedades empenhadas na luta contra o trabalho escravo no país. Engajado na campanha abolicionista, ao lado de Machado de Assis e Olavo Bilac, foi um dos representantes da classe média brasileira com ascendência africana e uma das vozes mais importantes em prol da abolição.

Participou da fundação de algumas dessas sociedades, tais como a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e a Sociedade Abolicionista, criadas juntamente com seus alunos da Escola politécnica. No ano de 1883, após viagem aos Estados Unidos e Europa retorna resolvido a dar continuidade às campanhas contra a escravidão no Brasil, já animadas pelas manifestações de rua e pelos debates parlamentares.

A abolição assinada pela Princesa Isabel acirrou os ânimos dos grandes proprietários de terras, culminando com o movimento militar de 15 de novembro de 1889 e a proclamação da República. Fiel ao Imperador D. Pedro II e ao regime monárquico, André embarcou juntamente com a família imperial no paquete Alagoas com destino ao exílio na Europa.

Inicialmente, André permaneceu em Lisboa, com intensa atividade como jornalista correspondente do “The Times” de Londres. Porém logo transferiu-se para Cannes, na França, onde ficou até a morte de D. Pedro II.

Financeiramente arruinado, aceitou emprego em Luanda, na África, por pouco tempo, mudando-se posteriormente para Funchal, na Ilha da Madeira, em meados de 1893. André jamais retornaria à Europa ou à sua terra natal. Seu precário estado de saúde e intenso abatimento pelo exílio cercou de mistério sua morte, aos 60 anos.

Você sabia?

- O Túnel Rebouças, no Rio de Janeiro, leva este nome em homenagem aos irmãos. Próximo à entrada do local, na Praça José Mariano Filho, foram construídos bustos para lembrar a contribuição dos Rebouças.

 - A administração pública de Curitiba homenageou os irmãos Rebouças batizando não só uma das ruas dessa região com o nome de Engenheiros Rebouças, mas toda a região. Hoje, o bairro Rebouças é uma das localidades mais valorizadas de Curitiba e sua importância histórica é inegável para o entendimento da dinâmica da cidade.

- Cada passo para a consolidação de Curitiba apresentou seu grau de dificuldade, mas iniciativas de engenheiros como os irmãos Rebouças foram imprescindíveis. O nome dos Rebouças sintetiza o espírito empreendedor e ousado.

- Em São Paulo existe a Av. Engenheiros Rebouças.

Fontes:

Especial Consciência Negra – Irmãos Rebouças, publicado pela Universidade Corporativa do Transporte (UCT).

Saga dos Engenheiros Rebouças, publicado por Marcos Nogueira.

Irmãos Rebouças: os incríveis primeiros engenheiros negros do Brasil, publicado por Sam Shiraishi.

Irmãos Rebouças: os engenheiros que fizeram história em Curitiba, publicado pela Câmara Municipal de Curitiba.

O Paraná segundo os Rebouças, publicado pela Gazeta do Povo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

VIVA ZUMBI E AO QUILOMBO DOS PALMARES


 

MAS SERÁ O BENEDITO !!!

 

Benedito Meia-Légua assombrou os escravagistas anos antes da abolição


Seu nome original era Benedito Caravelas. Ele viveu até 1885 e era um líder nato e bastante viajado. Ele conhecia muito do nordeste. Suas andanças conferiram-lhe a alcunha de "Meia-légua". Andava sempre com uma pequena imagem de São Benedito consigo, que ganhou um significado mágico depois.


Ele reunia grupos de negros insurgentes e provocava um terror nos fazendeiros escravagistas da região, invadindo as senzalas, libertando outros negros, saqueando e dando verdadeiros prejuízos aos escravagistas.


Contam que ele era um estrategista ousado e criativo, criava grupos pequenos para evitar grandes capturas e atacavam fazendas diferentes simultaneamente. A genialidade do plano era que o líder de cada grupo se vestia exatamente como ele.


Sempre que um tinha o infortúnio de ser capturado, Benedito reaparecia em outras rebeliões. Os fazendeiros passaram a crer que ele era Imortal. Sempre que havia notícias de escravos se rebelando vinha a pergunta "Mas, será o Benedito?"


O mito ganhou força após uma captura dramática. Benedito chegou a São Mateus (ES) amarrado pelo pescoço, sendo puxado por um capitão do mato montado a cavalo. Foi dado como morto e levado ao cemitério dos escravos, na igreja de São Benedito.


Noutro dia, quando foram dar conta do corpo, ele havia sumido e apenas pegadas de sangue se esticavam no chão. Surgiu a lenda que ele era protegido pelo próprio São Benedito. Por mais de 40 anos ele e seu Quilombo, mais do que resistiram, golpearam o sistema escravocrata.


Meia-Légua só foi morto na sua velhice, manco e doente. Ele dormia em um tronco oco de árvore. Esconderijo que foi denunciado por um caçador. Seus perseguidores ficaram a espreita, esperando Benedito se recolher. Tamparam o tronco e atearam fogo.


Seu legado é um rastro de coragem, fé, ousadia e força para lutar pelo nosso povo, que ainda hoje é representado em encenações de Congada e Ticumbi pelo Brasil. Em meio as cinzas encontraram sua pequena imagem de São Benedito. 


Todo dia 1o. de Janeiro, o cortejo de Ticumbi vai buscar a pequena imagem de São Benedito do Córrego das Piabas e levar até a igreja em uma encenação dramática para celebrar a memória de Meia-Légua.


Fonte: Twitter Alê Santos em junho de 2018.


Meu respeito e admiração por Benedito Meia-Legua, pois somente com atitude e ação consequente se muda a realidade.


Thaciano Almuharib 

Ativista do M.N.U.

Pan Africanista.

Diretoria de Políticas Públicas/ 

Sinthoress CUT👊🏿.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Baixa Afinação


 Por: Mestre Negoativo

Mestre Sinhozinho " Capoeira carioca de 1917"

 





Agenor Moreira Sampaio : Mestre Sinhozinho
Published : 2020-11-08
Agenor Moreira Sampaio : Mestre Sinhozinho
- Categories : Mestres de Capoeira
Tradução automática. Obrigado pela sua compreensão.

Agenor Moreira Sampaio (Santos, Brasil, 1891-1962), mais conhecido como Mestre Sinhozinho, foi um mestre ou mestre praticante da arte marcial afro-brasileira de capoeira. Ele foi o principal expoente do estilo de combate conhecido como capoeira carioca.

Primeira vida e treinamento

Algumas fontes dão a ele um segundo sobrenome "Ferreira", mas o resto de sua vida está bem documentado. Era um dos oito filhos do oficial e político brasileiro José Moreira, descendente de Francisco Manoel da Silva. Atleta apaixonado, Agenor formou-se formalmente no boxe, no savate, na luta greco-romana e na queda de braço desde a infância, e também aprendeu capoeira no cais santista. Porém, quando sua família se mudou para o Rio de Janeiro em 1908, ele mudou o estilo local da capoeira carioca, uma variante agressiva e violenta fortemente associada a policiais e gangsters. Moreira acabou por se tornar um mestre da arte, recebendo o nome de Mestre Sinhozinho (Sinhozinho significa "Senhor Pequeno").

Teve sua primeira atuação nacional como lutador em 1917, quando aceitou o desafio do campeão de luta livre João Baldi para evitar ser baleado em cinco minutos. Sinhozinho arrancou o desafio com uma facilidade chocante, conseguindo uns impressionantes 40 minutos contra o campeão, embora o prémio em dinheiro acabou por não existir porque o promotor não esperava que o desafio passasse.

Escola Carioca

Como seu contemporâneo Mestre Bimba, Sinhozinho abriu uma escola em 1930 para ensinar capoeira a cidadãos ricos de classe média. No entanto, sua escola carioca não se baseava em uma única quadra, já que Sinhozinho dava aulas em diversos clubes esportivos e espaços emprestados de seus benfeitores, geralmente na região da próspera Praia de Ipanema. Além disso, ao contrário da maioria dos mestres da capoeira, Sinhozinho preferia a eficácia do combate à expressão artística, abandonando a música e os rituais da arte por completo e generosamente misturando-os com outros estilos de luta. Foi proposto que Mestre Bimba decidiu focar nos aspectos mais tradicionais da capoeira em resposta a variações pragmáticas e combativas como as ensinadas por Sinhozinho e Anibal “Zuma” Burlamaqui. No entanto, ele é creditado por manter a prática da capoeira no Rio de Janeiro. Foi também instrutor corpo a corpo da Polícia Especial, criada pelo presidente Getúlio Vargas.

Moreira abordou a capoeira de forma científica, adaptando seus métodos de treinamento individualmente para cada aprendiz. Ele até construiu seu próprio equipamento de treinamento e ferramentas para treinar movimentos artísticos e submeteu seus alunos a treinamento com pesos pesados. Modificou o tradicional Ginga, tornando-o mais parecido com o footwork do boxe, e também introduziu as técnicas de luta livre e judô, principalmente por meio da parceria com o professor de judô Augusto Cordeiro. Sinhozinho também cultivou o aspecto psicológico da autodefesa, pedindo a seus alunos que rissem de seus agressores antes de lutar, a fim de exasperá-los e dissipar seu próprio medo. Por fim, a capoeira carioca também ensinou o uso de armas como a Sardinha ou o Santo Christo (navalhas) e a Petrópolis (cana), e entre suas poucas tradições, conservou um antigo jogo de luta semelhante ao Batuque denominado Roda de Pernada onde os capoeristas trocaram chutes.

O próprio Sinhozinho era conhecido como um excelente atleta e lutador. Além do já citado desafio com João Baldi, teria sido invicto na queda de braço, e muitas vezes mostrou aos seus estagiários como levantar pesos fazendo sozinho na velhice. Há também uma anedota de como, ao ver um burro atropelado e deixado morrendo na rua do Arpoador, Moreira tirou o animal de seu sofrimento com um gesto. No entanto, como nunca criou uma modalidade de ensino padronizada, seu estilo de luta morreu com sua própria morte em 1960. Sinhozinho acabou sendo mais influente como professor de educação física cujos métodos de treinamento muitos Atletas brasileiros foram beneficiados. Entre os alunos de seu método estavam o futuro judoca Rudolf de Otero Hermanny, os lutadores Reinaldo Lima e Paulo Paiva, os atletas Paulo Amaral e Paulo Azeredo, o músico Antonio Carlos Jobim e o futuro presidente do Comitê Olímpico Sylvio de Magalhães Padilha.

Desafio escolar regional

Em fevereiro de 1949, Sinhozinho lançou um desafio à rival escola regional de capoeira liderada por Mestre Bimba, que estava em turnê em São Paulo. Bimba e seus alunos foram obrigados a trabalhar apenas em lutas de exibição e estavam ansiosos por lutas reais (pra valer), então concordaram rapidamente em viajar ao Rio de Janeiro para o desafio. Um evento de luta de dois dias foi organizado pela Federação Metropolitana de Pugilismo no Estádio Carioca, incluindo também uma equipe de lutadores que também havia desafiado a academia regional.

Duas lutas aconteceram entre as duas escolas de capoeira. Na primeira partida, no dia 2 de abril, o aprendiz de Sinhozinho Luiz "Cirandinha" Pereira Aguiar lutou contra o aluno de Bimba Jurandir, nocauteando-o no primeiro round com um chute. Jurandir afirmou que foi um golpe baixo, mas como testemunhas e o médico do ringue disseram o contrário, o resultado foi mantido. No dia 7 de abril, o lutador carioca Rudolf Hermanny, de 17 anos, derrotou o regional Fernando Rodrigues Perez em dois minutos, dominando a luta e ferindo o braço de Perez com um chute. Diz-se que Bimba ficou tão impressionado que aprendeu certos movimentos que via em combate para absorvê-los em seu próprio estilo.

Desafio na família Gracie

Em 1953, Sinhozinho desafiou a família Gracie, convidando-os a enviar dois de seus representantes do jiu-jitsu brasileiro a um evento beneficente de vale tudo no estádio Vasco da Gama em 17 de março. Seus próprios lutadores cariocas voltariam a ser Hermanny e Cirandinha, treinados por seu habitual consultor de judô Augusto Cordeiro, enquanto os Gracies mandavam Guanair Gial Gomes e Carlson Gracie.

A primeira luta colocou Hermanny contra o quimono Gomes, que era bem mais pesado e tinha treino de wrestling. O lutador Gracie dominou os minutos iniciais, assumindo posição dominante no terreno, mas Hermanny escapou. Porém, quando Gomes tirou a jaqueta do quimono e voltou a atirar nele, o carioca passou a se defender ativamente da guarda com socos, marteladas e chutes nas costas, contando com a ajuda de seu condicionamento superior para rebaixar Gomes. Depois de uma hora e 10 minutos, com Gomes espancado e um cooler Hermanny procurando finalizá-lo em pé, o ex-escanteio Carlos Gracie pediu o abandono da partida e empatou. Embora Hermanny quisesse continuar, os juízes acabaram concordando.

A segunda luta viu Cirandinha lutar contra Carlson Gracie, com uma história quase oposta. Dominando os momentos iniciais, a mais forte Cirandinha castigou Carlson em pé com vários socos e chutes, seguidos de um lançamento de quadril e um forte gancho que quase finalizou Gracie. No entanto, Carlson conseguiu sobreviver à surra e aos poucos retomou a luta com golpes e esquivas em Cirandinha, que se cansava visivelmente rápido. O lutador de jiu-jitsu puxou-o para a guarda e alcançou a posição dominante, de onde mandou socos e cotoveladas e buscou uma chave de braço. Apesar de Cirandinha não ter aceitado a pegada, seu treinador jogou a toalha devido aos ferimentos, declarando Carlson o vencedor sob aplausos da torcida.

Elogiando as lutas, a imprensa viu o evento como um destaque para as duas escolas. O jornal O Popular classificou os dois vencedores de "impressionantes" ("Rudolf Hermanny e Carlson Gracie - Impressionante!"), Enquanto a revista O Cruzeiro proclamou "o sangue de homens valentes encharcou um lugar de concreto no Estádio Vasco "Quadra de Cimento do Estádio do Vasco").

Fim de carreira e morte

Em junho de 1953, a escola de Sinhozinho foi desafiada por Artur Emídio de Oliveira, Capoerista Regional da Bahia e também um popular lutador de vale tudo. Devido ao embate ideológico entre a capoeira tradicional de Emídio e a versão utilitária de Sinhozhinho, uma luta entre Emídio e o habitual lutador carioca Hermanny aconteceria no dia 29 de junho, no Palácio de Alumínio. Foi contestado pelas regras da capoeira de Burlamaqui, incluindo apenas uma modificação que permitia o trabalho preparatório, e contava com Carlos e Hélio Gracie como espectadores.

Hermanny controlou o primeiro assalto, enviando chutes circulares e de palma enquanto se defendia com um guarda de boxe, mas Emidio se agachou e tentou rasteiras e chutes do chão. Na segunda jornada, porém, depois de castigar Emídio com pontapés, Hermanny acertou na sua Rasteira e deu um murro na cara de Emídio quando este se levantou, o que acabou por ser decisivo. O lutador carioca então finalizou o baiano com projeção e sempre mais socos, levando o árbitro a interromper a luta.

Sinhozinho morreu em 1962. Sua herança cultural era obscura, mas nos tempos modernos foi considerado o esteio da capoeira carioca.

Fonte : Wikipédia