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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Como escravos entravam na Justiça e faziam poupança para lutar pela liberdade



Por Amanda Rossi
18 de fevereiro de 2018

Em 1883, Rita entrou com uma ação na Justiça da Imperial Cidade de São Paulo contra o Tenente Julio Nunes Ramalho. Poderia ser mais um processo qualquer, não fosse um fato notável: Rita não era considerada cidadã pela lei brasileira. Era escrava. Já o Tenente Ramalho era seu proprietário. O objeto do caso era o interesse de Rita de comprar sua liberdade.
De Rita, a Justiça sabia pouco. Não tinha sobrenome, nem idade certa - "38 anos aproximadamente". As informações eram apenas que tinha aptidão para o trabalho e era 
cozinheira, escravizada por Ramalho.
Por não ser livre, Rita não tinha direito a procurar a Justiça diretamente e precisou de um intermediário para representá-la. Tendo obtido uma doação de 200 mil réis "em moeda corrente deste Império", queria comprar sua alforria. Pedia, então, que seu proprietário fosse intimado para declarar se aceitava ou não a quantia. Seu representante conclui o pedido dizendo que o fazia "a rogo da suplicante, que não sabe escrever". 
O Brasil estava mudando. Depois de mais de três séculos, a escravidão se aproximava do fim. Em   1850, havia sido proibido o tráfico negreiro. Em 1871, foi aprovada a Lei do Ventre Livre, que estabeleceu a liberdade para filhos de mulheres escravizadas nascidos dali em diante - como o menino Benedito, a quem Rita deu à luz três anos após a lei.
Além disso, a Lei do Ventre Livre deu às pessoas escravizadas o direito de juntar dinheiro - fosse fruto de doações, do próprio trabalho ou de economias - e, com ele, comprar sua própria alforria, independentemente da autorização do seu proprietário.
Essa alteração legal multiplicou nos tribunais as chamadas ações de liberdade. A de Rita é uma delas. Está armazenada no Acervo Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, junto com dezenas de outros processo centenários, em papel envelhecido e texto manuscrito, movidos por pessoas escravizadas contra seus senhores. Além de São Paulo, há casos semelhantes em diversos pontos do país.
"A ação de liberdade quebra a autoridade senhorial, porque passa a existir uma forma de se libertar da escravidão independentemente da vontade do senhor", afirma a historiadora Keila Grinberg, professora da Unirio e da New York University, e uma das maiores especialistas neste tema no Brasil.
"Isso quebra o mito de que a alforria era apenas uma forma de reconhecimento do senhor (aos seus escravos). Nada disso! Eles também foram para a Justiça para conquistar sua liberdade", completa Lúcia Helena Silva, professora da Unesp, que pesquisou as ações de liberdade em Campinas. Porém, as ações de liberdade não eram um caminho fácil. "Apenas a minoria das pessoas escravizadas conseguia entrar na justiça. A maioria dos escravos nascia e morria escravo", pondera Grinberg.

Pilha de ações impetradas por pessoas escravizadas no final do século 19, parte do Acervo do Tribunal de Justiça de São Paulo | Foto: Amanda Rossi/BBC Brasil

Junto ao pedido de Rita, foi anexado um atestado médico: "Atesto que a preta Rita sofre de anemia e de artrite crônica, moléstias que por muitas vezes a inabilitam para qualquer trabalho". A informação tinha um objetivo estratégico. "Normalmente, o escravo usava a estratégia de se desvalorizar", explica Lúcia Helena Silva.
"Já o senhor fazia tudo possível para dizer que seu escravo valia muito". No caso de Rita, o Tenente Ramanho respondeu à intimação dizendo que não aceitava os 200 mil réis oferecidos. "Considero ser de maior valor a minha escrava. Há três meses, a comprei pela quantia de 800 mil réis".
Quando não havia concordância sobre o valor da liberdade, como no caso entre Rita e Ramalho, não era o fim do processo. Cabia ao Estado fazer a arbitragem do preço, que as duas partes seriam obrigadas a aceitar. Para isso, o primeiro passo era a pessoa escravizada ser mandada para uma avaliação.
"Depois de haverem examinado a dita escrava Rita, tendo em consideração a idade, saúde e profissão da mesma, (os avaliadores) apresentam os seguintes laudos: Salvador avaliava-a em 500 mil réis. Fernando em 320 mil réis. Em consequência da divergência havida, foi aceito o laudo de 320 mil réis".
O resultado da avaliação foi uma vitória para Rita. O valor estava mais próximo dos 200 mil réis que ela tinha proposto do que dos 800 mil réis pedidos por seu senhor. Por intermédio de seu representante livre, Rita apresentou à Justiça os 120 mil réis que estavam faltando e requereu "que lhe fosse passada a carta de liberdade".
Depois de três meses na Justiça, Rita, que nasceu submetida à escravidão no Brasil, se tornou finalmente uma mulher livre.

Pintura de Jean-Baptiste Debret retrata desembargadores chegando ao Palácio de Justiça no Rio de Janeiro | Foto: Acervo Espaço Olavo Setubal/Itaú Cultural
Redes de apoio nas cidades

"Apesar de o Estado e suas leis abrirem portas para dar visibilidade a questões dos escravos, não era fácil iniciar um processo judicial e, menos ainda, terminá-lo", explica a historiadora Heloísa Maria Teixeira, que pesquisou a compra de alforrias em Mariana, Minas Gerais.
Em geral, os escravos que recorriam à Justiça viviam nas cidades. Ali, tinham mais acesso a informação. Também podiam receber apoio de redes de solidariedade, formadas por outras pessoas escravizadas e libertas, além de terem contato com ideias e movimentos abolicionistas. Já para aqueles escravizados na zona rural, entrar na Justiça era muito mais difícil. Ao consultar os documentos mineiros, Heloísa encontrou o caso da menina Eva, escrava de "mais ou menos 14 anos", nascida na década de 1850. Sua história mostra como o fato de estar na cidade facilita o surgimento de uma rede de apoio. A madrinha de Eva, que não tinha dinheiro, passou a pedir esmolas na cidade com o intuito de libertar a menina. O processo de Eva, inclusive, elenca uma lista de pessoas que participaram da arrecadação de fundos para compra de sua liberdade. Ao final, a madrinha conseguiu reunir 120 mil réis em dinheiro. O valor foi complementado por um burro entregue pelo pai da menina, no valor de 80 mil réis. Com os 200 mil réis totais, foi comprada a carta de alforria de Eva.
Capa da ação de liberdade da escrava Rita contra o Tenente Ramalho | Foto: Amanda Rossi/BBC Brasil

Além de processos de compra de alforria, houve no Brasil diversas ações de liberdade baseadas na ilegalidade da escravidão. Em 1883, por exemplo, Antonio - também sem sobrenome - entrou na Justiça de São Paulo argumentando que sua matrícula de escravo informava ser ele africano e ter 51 anos. Logo, Antonio teria nascido na África em 1832. Porém, uma lei brasileira de 1831 declarou que era livre todo o escravo vindo de fora do Império do Brasil a partir daquela data. Foi a primeira legislação a tentar coibir o tráfico de pessoas escravizadas para o Brasil. Desta forma, como Antonio nasceu depois da lei, ele havia sido trazido para o país de forma ilegal. Por consequência, sua escravidão também era ilegal. Seu proprietário tentou contra-argumentar. Afirmou que a matrícula do escravo estava errada e que, na verdade, ele tinha nascido cinco anos antes da lei. Em termos práticos, isso faria com que Antonio não tivesse direito à liberdade. Por outro lado, essa linha de argumentação implicaria o reconhecimento de que um menino de cerca de 5 anos tivesse sido transportado nos navios negreiros e vendido ainda criança no Brasil. Mas a argumentação do dono de Antonio não foi bem sucedida. O juiz do caso concedeu a carta de liberdade ao "africano". Mas sob a condição estabelecida pelo proprietário: de que o agora ex-escravo prestasse serviços por mais quatro anos para seu antigo senhor e sua esposa. Assim, Antonio ficaria livre apenas em 1887 - um ano antes da Lei Áurea ser sancionada pela Princesa Isabel, decretando oficialmente o fim da escravidão no Brasil.
"Esses juízes e tribunais não eram abolicionistas. Tomavam a decisão baseados naquele caso específico. Ninguém ali estava defendendo o fim da escravidão", diz Grinberg.

Serviços de barbeiros, cabelereiros, vendedoras - retratados nesse pintura de Debret - eram formas de juntar dinheiro para a alforria | Foto: Acervo Espaço Olavo Setubal/ Itaú Cultural

Dificuldade para juntar dinheiro

As pessoas escravizadas nas zonas urbanas também tinham mais possibilidade de juntar dinheiro para comprar sua liberdade. Alguns deles, além do trabalho forçado, realizavam pequenos serviços remunerados. As mulheres, por exemplo, vendiam quitutes, hortaliças, eram babás, amas-de-leite, lavadeiras. Os homens eram sapateiros, barbeiros, carregadores.
Nas cidades, também eram mais comuns os chamados "escravos de ganho" - quando as pessoas escravizadas prestavam serviços para terceiros, sendo obrigadas a entregar o dinheiro para seus proprietários, ficando apenas com uma pequena parte.
Ainda assim, não era nada fácil que esses trabalhos rendessem o suficiente para comprar a alforria. Em geral, no final do século 19, o preço da liberdade variava de 200 mil réis a 2 contos de réis (equivalente a 2 milhões de réis). "A maior parte das pessoas não deve ter conseguido juntar o suficiente. Depois que o tráfico foi proibido, o preço do escravo subiu ainda mais", explica Grinberg.
E onde os escravos guardavam dinheiro? Uma das possibilidades era colocar na poupança.
Documentação histórica da Caixa Econômica, ainda pouco estudada, mostra diversas cadernetas pertencentes a escravos. Fundada em 1860, a Caixa não permitia que pessoas não livres fossem depositantes. Mas, após a Lei do Ventre Livre, em 1871, isso mudou.

Caderneta de poupança de Judas, escravo, com 24 mil réis | Foto: Acervo da Caixa Econômica Federal

A caderneta de poupança número 43 da Caixa Econômica de São Paulo, datada de 1875, pertencia a Judas, escravo de Manuel de Andrade. O formulário do banco trazia a palavra "senhor" antes do nome do depositário. Mas, no caso de Judas, a palavra foi riscada. Afinal, sua condição de pessoa escravizada impedia que fosse tratado por "senhor". Por isso também, Judas não tinha sobrenome reconhecido.
Judas tinha 54 anos, era hortelão, morava em São Paulo, era casado e não sabia ler e escrever. Naquele ano, tinha juntado na poupança 24 mil réis. Muito distante dos preços praticados pela liberdade naquela época.
"Pelos valores depositados nas poupanças, a gente vê era que era muito difícil comprar alforria com base nesse dinheiro. Mas existe, sim, uma relação entre poupanças e compra de alforria, embora seja pouco", fala Grinberg.
"De toda forma, era algo significativo, porque mostra outras formas de resistência à escravidão. Os escravos conseguiam brechas para entrar no sistema financeiro e juntar dinheiro, apesar de tudo que era imposto a eles", considera o historiador Thiago Alvarenga, professor da Universidade Federal Fluminente, um dos responsáveis por resgatar o arquivo de cadernetas de poupança do século 19 da Caixa Econômica.
Na sua pesquisa, Alvarenga encontrou um caso intrigante: um homem escravizado que tinha uma poupança de 4 contos de réis, valor que seria mais que suficiente para comprar sua liberdade. "Pode ser que estivesse juntando dinheiro para libertar várias pessoas da sua família", considera o historiador.
Já outras cadernetas de poupança da Caixa mostram a saída de dinheiro para comprar a alforria. Um dos casos é o de Margarida Luíza, escrava de Joaquim José Madeira, cuja conta foi encerrada três anos depois de criada, retirando os 353 mil réis acumulados para obter sua liberdade.
Embora a historiografia já tenha desvendado muito sobre as diferentes formas de resistência das pessoas feitas escravas no Brasil, ainda há perguntas sem respostas e espaço para novas pesquisas.
"O que não falta é documento da escravidão. Eles estão espalhados pelo Brasil em cartórios, igrejas, tribunais, bancos, e precisam ser salvos, literalmente. E isso se faz com política pública. São arquivos importantíssimos! Sem eles, a gente perde a chance de conhecer melhor nossa história", afirma Keila Grinberg.

Fonte:http://www.bbc.com/portuguese/geral-43078878

terça-feira, 16 de abril de 2019

Mestre Parana


MESTRE PARANÁ


Osvaldo Lisboa dos Santos, o Mestre Paraná, nasceu em 25 de setembro de 1922 em Salvador – BA, filho de Cândido Lisboa dos Santos e Albertina Maria dos Santos. Faleceu em 7 de março de 1972 no Rio de Janeiro - RJ.
Mestre Paraná iniciou na capoeira aos 10 anos de idade, na região do Alto das Pombas, no bairro da Federação em Salvador, no ano de 1932, com o Mestre Antônio Corró, que nasceu em 1870, ex-escravo, analfabeto e carroceiro do Cais Dourado em Salvador.
Veio para o Rio de Janeiro - RJ no final dos anos 1940, já acompanhado de Maura Bastos (a Tia Maura), logo após sair da Marinha do Brasil, onde treinou boxe e cumpriu o serviço militar.
Teve como primeira moradia no Rio de Janeiro o bairro do Flamengo, posteriormente mudou-se para a Av. Itaóca em Bonsucesso, depois para a Rua Miguel Burnier (também em Bonsucesso), onde fundou o Grupo Folclórico de Capoeira São Bento Pequeno e finalmente a Rua Miringa em Realengo.
Foi o único mestre de Capoeira a tocar berimbau na Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde foi percussionista e também o único mestre de capoeira a possuir uma CARTEIRA DA ORDEM DOS MÚSICOS para BERIM-BAU (assim está escrito na carteira).
Gravou um compacto duplo pela CBS em 1963, "Capoeira Mestre Paraná", com toques de Angola, São Bento Grande, São Bento Pequeno e o corrido Avise A Meu Mano, de sua autoria.
Apresentou-se no Brasil e em Portugal, com a peça “O Pagador de Promessas” (de Dias Gomes) acompanhando a Cia. de Danças de Mercedes Batista e no cinema junto a atores como Oscarito e Grande Otelo.

Faleceu no próprio local de trabalho, o IPASE (no centro do Rio) onde foi marceneiro muito admirado e conceituado (daí talvez a razão dos seus berimbaus, verdadeiras obras-primas).

Fonte: Google - Capoeira News

10 GUERREIRAS NEGRAS PODEROSAS QUE MARCARAM A HISTÓRIA


Vivemos tempos sombrios. Assassinatos na nossa cara, violação de direitos humanos, estrangulamentos em supermercados, estupros coletivos e mais mortes. Governos que destroem nossos sonhos e nós precisamos resistir. Num momento tão sem adjetivo, com as esperanças quase se esvaindo, precisamos de inspiração.

1-Rainha Mãe Yaa Asantewaa (1840–17 de outubro de 1921) Yaa Asantewaa foi a rainha mãe de Ejisu no Império Ashanti. Ela era uma lutadora excepcionalmente corajosa que, em março de 1900, criou e liderou um exército de milhares contra as forças coloniais britânicas no território Ashanti, hoje Gana. Esse episódio histórico ficou conhecido como “A Guerra do Trono de Ouro”. O Trono de Ouro era o símbolo espiritual de unidade e soberania da nação Ashanti. Yaa Asantewaa mobilizou as tropas ashantis e por três meses sitiou o forte britânico de Kumasi. Os colonizadores britânicos tiveram que mobilizar tropas e artilharia para romper o cerco, exilando a rainha Yaa Asantewaa e 15 de seus conselheiros mais próximos nas Seychelles. Ela viveu no exílio até sua morte em outubro de 1921. A guerra de Yaa Asantewaa, como é atualmente conhecida em Gana, foi uma das últimas grandes guerras no continente africano a ser liderada por uma mulher.



2-Ahosi ou Mino (Amazonas de Daomé): As Amazonas de Daomé eram um regimento militar exclusivamente formado por mulheres do povo Fon do Reino de Daomé, na atual República do Benim. Elas existiram do século XVII até o final do século XIX. Enquanto as narrativas européias se referem às mulheres guerreiras como “amazonas”, por causa de sua semelhança com as amazonas semi-míticas da antiga Anatólia, elas se nomeavam Ahosi (esposas do rei) ou Mino (nossas mães) no idioma  Fon. As Ahosi eram extremamente bem treinadas e inculcadas com uma atitude bastante agressiva. Elas eram lutadoras ferozes com uma reputação de decapitar soldados no meio da batalha, bem como aqueles que tiveram a infelicidade de se tornarem seus cativos. Seh-Dong-Hong-Beh foi uma das grandes líderes das guerreiras Mino. Em 1851 ela liderou um exército de 6.000 mulheres contra a fortaleza Egba de Abeokuta. Como as Mino estavam armadas com lanças, arcos e espadas, enquanto os Egba tinham canhões europeus, apenas 1.200 sobreviveram à longa batalha. A invasão européia na África Ocidental ganhou ritmo durante a segunda metade do século XIX. Em 1890, o rei Behanzin contou com as guerreiras Mino juntamente à soldados do sexo masculino para combater as forças francesas durante a Primeira Guerra Franco-Dahomeana. O exército francês perdeu várias batalhas por causa da habilidade das guerreiras Mino em batalha. O exercíto Dora Milaje, do filme Pantera Negra, é inspirado nas guerreiras Mino.




3-A rainha Nanny, uma heroína nacional da Jamaica, era uma líder bem conhecida dos quilombolas jamaicanos no século XVIII. Ela foi sequestrada de Gana, na África Ocidental, quando criança, e foi forçada à escravidão na Jamaica. Ao crescer, ela foi influenciada pelos quilombolas e outros líderes dos africanos escravizados. O povo Maroon eram negros escravizados que fugiram da lógica opressiva da escravidão e formaram suas próprias
comunidades no interior da Jamaica. Nanny e seus irmãos fugiram da fazendo onde eram escravizados e se esconderam na área das Montanhas Azuis. De lá, eles lideraram várias revoltas em toda a Jamaica. A Rainha Nanny era uma líder espiritual inteligente e respeitada que foi fundamental na organização dos planos para libertar os africanos escravizados. Por mais de 30 anos ela libertou mais de 800 escravos e ajudou-os a se estabelecerem nas comunidades quilombolas. Ela derrotou os britânicos em muitas batalhas e, apesar dos repetidos ataques dos soldados britânicos, o assentamento de Grandy Nanny, chamado Vila de Nanny, permaneceu sob o controle dos Maroon por vários anos. Em 2015 foi lançado o documentário Queen Nanny Legendary Maroon Chieftainess produzido por Roy T Anderson que conta a história de Nanny.



4- Harriet Tubman foi uma abolicionista afro-americana, humanitarista, Guerra Civil Americana Nascida como escrava, Tubman fugiu para a Filadélfia em 1849, e logo retorno5u a Maryland para resgatar sua família. Posteriormente, ela fez mais de 19 missões para resgatar mais de 300 escravos com a ajuda da rede de ativistas antiescravistas e abrigos conhecidos como Mais tarde, ela ajudou a recrutar homens para o ataque de John Brown em Harpers Ferry, de 16 a 18 de outubro de 1859, para libertar os negros escravizados. Em junho de 1863, Tubman se tornou a primeira mulher a liderar uma expedição armada na Guerra Civil. Ela guiou o Combahee River Raid, que libertou mais de 700 negros escravizados na Carolina do Sul: a maior libertação de negros escravizados na história americana.




5- Assata Shakur é uma ativista negra  que integrou o Partido dos Panteras Negras e o  Exército de Libertação Negra entre 1971 e 1973.Assata trabalhou com o BPP e o BLA para combater a opressão racial, social e econômica, mas se tornou alvo dos EUA. a partir da ação do Este programa usou uma ampla gama de táticas, incluindo enquadramento, prisões sem causa e assassinatos de líderes, para eliminar os movimentos radicais da época. Entre 1973 e 1977, em Nova York e Nova Jersey, Shakur foi indiciada dez vezes,resultando em sete julgamentos criminais separados. As acusações de Shakur variaram de roubos a banco; tentativa de assassinato de dois policiais; e oito outros crimes relacionados ao tiroteio em New Jersey Turnpike. Destas acusações, três resultaram em absolvições; uma em um júri suspenso; uma em uma mudança de local; um julgamento foi anulado devido a sua gravidez e um resultou em uma condenação. Três acusações foram rejeitadas sem julgamento. Shakur escapou da prisão e fugiu para Cuba após sua condenação pela morte do soldado Werner Foerster, do Estado de Nova Jersey. Em 2 de maio de 2013,o FBI anunciou que havia elevado a recompensa por Shakur para  2 milhões de doláres e a colocou em sua lista de Terroristas Mais Procurados, tornando-a a primeira mulher a integrar essa lista e efetivamente criminalizando a luta por liberdade dos negros e negras. Para as pessoas que se perguntando se Shakur era culpada, o Huffington Post relatou que no julgamento, três neurologistas comprovaram que o primeiro tiro despedaçou sua clavícula e o segundo quebrou o nervo mediano em sua mão direita. Esse testemunho provou que ela estava sentada com as mãos levantadas quando foi atingida pela polícia. Segundo a Wikipedia, outros depoimentos provaram que nenhum resíduo de bala foi encontrado em suas mãos, nem foram encontradas impressões digitais em nenhuma das armas localizadas na cena. No entanto, Shakur foi condenada por um júri todo branco e sentenciada à prisão perpétua.


6- Amanirenas (também chamada de Amanirena) foi uma das maiores Candades, ou rainhas-mãe, que governou o Império do Kush de Meroe no nordeste da África (atual Sudão). Ela reinou entre os séculos 40 e 10 a.C. Quando o imperador romano Augusto tentou cobrar impostos dos kushitas em 24 a.C, Amanirenas e seu filho Akinidad lideraram um exército de 30 mil homens para saquear o forte romano na cidade egípcia de Assuão. Eles também destruíram as estátuas de Cesar em Elefantina. Sob ordens de Augusto, o general Petronio retaliou, mas encontrou uma forte resistência de Amanirenas e suas tropas. Após mais de três anos de luta, as duas partes aceitaram negociar um tratado de paz. Os romanos concordaram em retornar seu exército para o Egito, retirar o seu forte, dar a terra de volta para o Kushitas e rescindir o imposto. A rainha guerreira corajosa Amanirenas é lembrada por seu combate leal, lado-a-lado com seus próprios soldados. Ela ficou cega de um olho depois de ter sido ferida por um romano.




7- Carlota foi sequestrada de sua tribo iorubá, trazida acorrentada a Cuba quando criança e forçada à escravidão na cidade de Matanzas, trabalhando para extrair e processar a cana-de-açúcar nas condições mais brutais. Ela era brilhante, musical, determinada e inteligente. Em 1843, ela e outra mulher escrava chamada Fermina lideraram uma rebelião organizada na plantação de  cana de açúcar de Triumvarato. Fermina foi presa depois que seus planos para a rebelião foram descobertos. Usando tambores falantes para se comunicar secretamente, Carlota e seus colegas guerreiros libertaram Fermina e dúzias de outros, e empreenderam uma insurreição armada bem organizada contra pelo menos cinco brutais operações de plantação de escravos na área. A brava batalha de Carlota durou um ano antes de ser capturada, torturada e executada por latifundiários espanhóis.






8- A Rainha Nzinga Mbandi era uma governante do século 17 altamente inteligente e poderosa dos Reinos Ndongo e Matamba (atual Angola). Por volta da virada do século XVII, Nzinga lutou pela liberdade de seus reinos contra os portugueses, que estavam colonizando a costa da África Central para controlar o comércio de negros e negras africanos. Para aumentar o poderio militar de seu reino, Nzinga ofereceu refúgio a escravos fugitivos e soldados africanos treinados por portugueses. Ela provocou revolta entre as pessoas ainda deixadas em Ndongo, então governadas pelos portugueses. Nzinga também formou uma aliança com os holandeses contra os portugueses. No entanto, as forças combinadas não foram suficientes para expulsá-los. Depois de recuar para Matamba novamente, Nzinga começou a se concentrar em desenvolver o reino como uma potência comercial e a porta de entrada para o interior da África Central. Na época da morte de Nzinga, em 1661, aos 81 anos, Matamba havia se tornado um poderoso reino que conseguiu resistir às tentativas de colonização portuguesa por um longo período de tempo. O seu reino só foi integrado em Angola no final do século XIX.




9- Sacerdotisas Nyabingi Muhumusa falecida em 1945) e Kaigirwa (desconhecido) Muhumusa e Kaigirwa eram temidas líderes do grupo de sacerdotisas Nyabingi da África Oriental que foram influentes em Ruanda e Uganda de 1850 a 1950. Em 1911, Muhumusa proclamou que ela expulsaria os europeus e que as balas dos Wazungu se tornariam água contra ela.”Ela organizou a resistência armada contra os colonialistas alemães e acabou sendo detida pelos britânicos em Kampala, Uganda, de 1913 até sua morte em 1945. Ela se tornou a primeira em uma linha de sacerdotisas rebeldes que lutavam contra a dominação colonial em nome de Nyabingi, e mesmo depois de ser aprisionada ela continuou sendo uma inspiração popular. Os britânicos aprovaram seu Ato contra a Bruxaria de 1912 em resposta direta à eficácia política desse movimento de resistência baseado na espiritualidade. Em agosto de 1917, a “Nyabingi” Kaigirwa seguiu os passos de Muhumusa e liderou a revolta de Nyakishenyi, com apoio público unânime. Autoridades britânicas colocaram um alto preço em sua cabeça, mas ninguém se dispôs a entregá-la . Depois que os britânicos atacaram o acampamento de Kaigirwa no Congo em janeiro de 1919, matando a maioria dos homens, Kaigirwa e batalhão principal de combatentes conseguiram fugir do exército e escapar. No entanto, os britânicos capturaram a ovelha branca sagrada e a queimaram antes de uma convocação de chefes importantes. Após essa ação, uma série de desastres afligiu o comissário do distrito que matou as ovelhas. Seus rebanhos foram eliminados, seu teto desmoronou e um misterioso incêndio irrompeu em sua casa. Kaigirwa tentou outra revolta, depois foi para as colinas, onde nunca foi capturada.

10- Tarenorerer, da Baía de Emu, no norte da Tasmânia, era uma líder indígena australiana do povo Tommeginne. Em sua adolescência, ela foi sequestrada por aborígines da região de Port Sorell e vendida para caçadores brancos nas Ilhas Bass Strait, onde a chamavam de Walyer. Ela se tornou proficiente em inglês e especialista no uso de armas de fogo. Em 1828, Tarenorerer retornou ao seu país no norte da Tasmânia, onde reuniu um grupo de homens e mulheres de várias etnias para iniciar a guerra contra os invasores europeus. Treinando seus guerreiros no uso de armas de fogo, ela ordenou que atacassem os homens brancos quando estavam mais vulneráveis, entre o momento em que suas armas eram disparadas e antes de serem recarregadas. Ela também os instruiu a matar as ovelhas e novilhos europeus. G. A. Robinson, que foi encarregado de reunir os aborígines, foi informado pelos caçadores de focas que Tarenorerer ficaria em uma colina para organizar o ataque e desafiar os colonizadores á luta.

Fonte:
http://blogueirasnegras.org/2019/04/12/10-guerreiras-negras-poderosas-que-marcaram-a-historia/


sexta-feira, 5 de abril de 2019

Vicente Joaquim Ferreira Pastinha "Mestre Pastinha"


 (Salvador, 5 de abril de 1889 — Salvador, 13 de novembro de 1981), 
Este foi o início de mestre Pastinha na capoeira. Vicente Ferreira Pastinha nasceu em cinco de abril de 1889. Fruto da união entre um espanhol, José Señor Pastinha e de uma baiana, Eugênia Maria de Carvalho, nasceu na Rua do Tijolo em Salvador, Bahia.
Depois que o menino conheceu o velho Benedito, passou a frequentar a sua casa todos os dias, treinando e aprendendo as mandingas dos escravos, até que certa vez se encontrou com seu rival mas desta vez foi diferente. Pastinha acabou levando a melhor deixando o menino no chão e sem entender nada. Dizem os relatos que acabaram tornando-se amigos depois.
Durante esse período, o menino pastinha também frequenta o Liceu de Artes e Ofício, onde aprende entre outras coisas a arte da pintura. Em 1902 Pastinha entra para e escola de aprendizes marinheiros, onde passaria oito anos de sua vida. Lá ele ensina a arte da Capoeira aos seus colegas e aprende também a arte da esgrima e a tocar violão. Em 1910, deu baixa na marinha, com 21 anos, resolvido a se dedicar à pintura e ao ensino da capoeira (às escondidas porque a capoeira ainda era proibida pelo código penal), neste período começa a ensinar o seu primeiro aluno: “Raimundo Aberrê”, que conforme mestre Pastinha ia todos os dias à sua casa aprender a capoeira. De 1913 a 1934, Mestre Pastinha se afasta da capoeira devido à forte repressão da época que mantinha a sua prática na ilegalidade. Nesse tempo, mestre Pastinha que sempre desejou viver da sua arte, teve que trabalhar como, pintor, pedreiro, entregador de jornais e até tomou conta de casa de jogos. Este último relatado por ele próprio: 
“Passei a tomar conta de casa de jogo. Para manter a ordem. Mas mesmo sendo capoeirista eu não descuidava de um facãozinho de doze polegadas e de dois cortes que trazia comigo. Jogador profissional daquele tempo andava sempre armado. Assim quem estava sem arma nenhuma no meio deles bancava o besta. Vi muita arruaça, algum sangue, mas não gosto de contar causos de briga minha.”

A primeira academia

Em 1941 Mestre Pastinha é convidado pelo seu antigo aluno Aberrê a assisti-lo numa roda no bairro da Gengibirra, onde segundo o mestre, era um ponto de encontro dos maiores mestres de capoeira da Bahia. “Lá só havia mestre, não tinha alunos” – dizia Pastinha. Aberrê disse que perguntaram quem tinha sido seu mestre e ele dizendo o nome de Pastinha mandaram chamá-lo ao qual Aberrê imediatamente o fez. Ao chegar à roda, Pastinha foi apresentado para um mestre conhecido como “Amorzinho”, um guarda civil que tomava conta da roda e imediatamente entregou o berimbau e a responsabilidade para o mestre.  Estavam lançadas as sementes do que seria a primeira escola de Capoeira Angola. Foi fundado então o CECA, Centro Esportivo de Capoeira Angola, nome dado pelo próprio mestre, localizado no Largo do Cruzeiro de São Francisco.  Após a morte de Amorzinho, em 1943, o centro foi abandonado por todos os mestres, mas mesmo assim Pastinha continuou.
Em fevereiro de 1944 há uma reorganização e em 23 de março do mesmo ano vão para o Centro Operário da Bahia. Em 1949, num domingo Pastinha foi convidado por dois camaradas para ver um terreno na fábrica de sabonetes Sicool no Bigode, onde recebeu o apoio e auxilio dos moradores. O centro ali se instalou e foram feitas as primeiras camisas em preto e amarelo, cores inspiradas no Clube Atlético Ypiranga, clube muito querido pelo mestre e pelas classes sociais mais populares de Salvador.  Uma das curiosidades dessa época é que Mestre Pastinha, avaliando cada um dos seus alunos, fazia um desenho na camisa, conforme os seus movimentos mais característicos.

Enfim o reconhecimento

Finalmente em 1° de outubro de 1952 o CECA foi oficializado. Veja o artigo  original abaixo:

“O Centro Esportivo de Capoeira Angola, fundado a 1° de Outubro de 1952, com sede na cidade de Salvador, Estado da Bahia, é constituído de número limitado de sócios, tem a finalidade de ensinar, difundir e desenvolver teórica e praticamente a capoeira de estilo genuinamente “Angola”, que nos foi legada pelos primitivos africanos aportados aqui na Bahia de Todos os Santos.”

Em maio de 1955, o CECA muda de endereço e vai para o Largo do Pelourinho n° 19, onde permaneceu por 16 anos. Durante esse tempo Mestre Pastinha ficou muito conhecido chegando a ser entrevistado por jornais e revistas importantes da época. Sua academia recebia visitas ilustres como, Jorge Amado, o ilustrador Carybé, o filósofo Jean Paulo Sartre, o ator Jean Paul Belmondo, além de turistas de todo o Brasil.


Em cinco de julho de 1957, Mestre Pastinha apresenta a capoeira angola com seus alunos no festival Bahiarte, na Lagoa do Abaeté onde ocorre o seu primeiro encontro com Mestre Bimba. Os dois demonstraram passividade e respeito um pelo outro, deixando transparecer que a rivalidade entre os angoleiros e regionais, era criada pelos alunos e não pelos Mestres. O CECA ainda foi apresentado em vários outros estados, como, Pernambuco, Minas-Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.


Em 1964 o Mestre publica o seu livro intitulado “Capoeira Angola”, onde o escritor Jorge Amado teve o prazer de escrever:


O mestre e Jorge Amado

“... mestre da Capoeira de Angola e da cordialidade baiana, ser de alta civilização, homem do povo com toda a sua picardia, é um dos seus ilustres, um dos seus abas, de seus chefes. É o primeiro em sua arte. Senhor da agilidade e da coragem, da lealdade e da convivência fraternal. Em sua escola no pelourinho, Mestre Pastinha constrói cultura brasileira, da mais real e da melhor...” 


Além do livro, o mestre gravou também um disco com cinco faixas. O disco intitulado “Pastinha Eternamente”, conta com depoimentos na voz do próprio mestre e músicas de capoeira, cantadas por Mestre Traíra. Este disco é simplesmente uma raridade e está disponível para download na internet. No final do post disponibilizarei o link para o download. 


Em abril de 1966, integrou a delegação brasileira no 1° Festival de Artes Negras, no Senegal, Dakar na África, onde recebe várias homenagens e confirma que na África não existe qualquer coisa que se pareça com a nossa capoeira. Com todo esse destaque Mestre Pastinha começa a receber o apoio de várias instituições governamentais até que em 1971 o destino (ou o sistema) lhe pregaria uma grande peça.


O golpe, a ingratidão,  o descaso

Em 1971 aos oitenta e dois anos de idade, Pastinha já quase cego por causa de uma catarata, é obrigado pela prefeitura a se retirar do casarão, que entraria em reformas, com a promessa de que assim que estivesse pronto poderia voltar. E voltou?

Mestre Pastinha teve então que se mudar. Foi morar na Rua Alfredo Brito n° 14 no Pelourinho, em um quarto escuro, úmido e sem janelas. Único lugar que dava para pagar com o mísero salário que recebia da prefeitura, já que não podia contar mais com o dinheiro das aulas. Ainda na mudança, foram perdidos muitos móveis, quadros que o mestre pintava e fotografias, que juntos hoje, constituiriam um grande acervo cultural da nossa história.

Para piorar o prédio foi doado para o Patrimônio Histórico da Fundação do Pelourinho que posteriormente o vendeu para o SENAC que transformou o prédio em um restaurante. 

Este foi um dos maiores absurdos praticados contra a nossa cultura. Mestre Pastinha foi usado, enganado e abandonado.


Tristeza

Após a mudança e a perda de sua academia, Pastinha entra em uma profunda depressão e em 1979 com 90 anos é vítima de um derrame cerebral, que o levou a ficar internado por um ano em um hospital público. Após esse período foi enviado para o abrigo para idosos Dom Pedro II, onde permaneceu até a sua morte. Mestre Pastinha morreu cego, quase paralítico e abandonado.

  

No dia 13 de novembro de 1981, aos 92 anos, o Brasil perdia um dos seus maiores mestres. Não só o mestre da capoeira angola, mas o mestre da filosofia popular. O menino fraco e magrinho que conquistou o respeito e admiração do mais forte.


A estrela ainda brilha

Mestre Pastinha foi um dos maiores ícones da cultura do Brasil. Dedicou sua vida inteira em favor da nossa cultura, ajudou a tirar a capoeira da ilegalidade e a colocá-la no seu devido lugar como prática esportiva e cultural, preservou e divulgou a nossa arte até fora do país, ensinou jovens e adultos a enxergar a vida de uma forma simples, mas nobre. Mestre Pastinha foi uma estrela que veio para a terra em forma de homem, para nos ensinar a filosofia da simplicidade, mas teve que voltar ao céu, pois o seu brilho já não cabia mais aqui em um lugar tão pequeno. Um homem que transformou e formou crianças em grandes adultos e fez os mais velhos brincarem como crianças, literalmente de pernas pro ar.


Os frutos

Os mais antigos discípulos do mestre em atividade são: Mestre João Pequeno, que reabriu o CECA um ano depois da morte de Pastinha, no Forte de Santo Antônio do Carmo e Mestre João Grande, que reside em Nova York desde 1990, onde ensina capoeira para pessoas do mundo todo.

Hoje a memória de Mestre Pastinha continua viva nas rodas de capoeira que se espalharam pelos quatro cantos do mundo. E em cada uma dessas rodas, onde são entoadas as ladainhas da Capoeira Angola, Mestre Pastinha está lá.
Fonte:
https://capoeiraexports.blogspot.com