Mestre Bimba e o 2 de julho
Há exatos oitenta e sete anos atrás, no dia 2 de julho de 1936, o mestre Bimba dava um dos maiores saltos para prestígio, e, elevação da capoeira no meio social.
O QUE É O DOIS DE JULHO?
Após a proclamação de D. Pedro I, como imperador do Brasil, que começou em julho de 1822, na câmera de Cachoeira (BA), começava o processo de lutas pela independência do Brasil de Portugal. No dia 7 de setembro do mesmo ano, oficializou se a nossa independência, porém, os portugueses que não a-reconheceram refugiaram se na Bahia.
Travou-se uma guerra entre Cachoeira, refúgio do exército brasileiro, contra os portugueses que se refugiaram em Salvador, e, somente no dia 2 de julho de 1823, é que o nosso exército composto por homens do povo, escravizados, ex escravizados, soldados, indígenas, mulheres que serviram como enfermeiras, e todo tipo de voluntários possíveis, expulsaram as tropas comandadas por Madeira de Mello, decretando de vez a nossa independência de Portugal.
Desde então, o 2 de julho passou a ser, a festa cívica mais importante da Bahia. Porém apenas a elite participava, e, os demais cidadãos, eram privados de fazer parte da programação. Mas, no dia 2 de julho de 1936, o mestre Bimba com toda a sua majestade, desfilou com os seus alunos no desfile cívico. O fato foi um escândalo para a elite, muitos dos jornais protestaram contra os organizadores, questionando a capoeira fazer parte da festa cívica.
O fato entrou para a história, e, a capoeira foi a primeira das manifestações afro-brasileira, e do povão no seu geral a participar da maior de todas as festas da Bahia. E lá estava o mestre Bimba, sem abaixar a cabeça, imponente, e, com toda a sua grande de mestre, de visionário, e, de contribuidor.
Viva o 2 de julho
Viva seu Bimba...
Antônio Luiz Campos (Boa Alma).
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